Sabe aquele papo de purgatório da beleza e do caos? Pois é, a beleza está no post anterior, uma pequena galeria de 12 fotos sobre a cidade. Os 40 graus deram um tempo e a temperatura tem estado bem amena nos últimos dias. Sobrou o caos.
O Rio amanheceu com greve de ônibus. Aí, já viu né. Trens e metrô mais que lotados, naturalmente. Parece que os caras prepararam uma operação especial pra dar conta do aumento de passageiros, mas no negócio não tá fácil não. No caso do metrô, é claro que se os trens novos tivessem chegado no prazo, não seria tão difícil. Mas… Só pra ter uma idéia de como a coisa anda frouxa, só no dia 31 de janeiro é que uma multa pelo tal atraso aplicada em 2011 foi ratificada pela agência reguladora. Sabem como é, recurso daqui, recurso dali, empurra com a barriga, aplica o dinheiro e deixa render…
E é engraçado porque, se na zona norte os trens estão cheios, na zona sul o metrô está vazio. Com duas estações fechadas por conta das obras de expansão e dependendo de ônibus para cobrir o buraco, deu zica. As pessoas simplesmente não conseguem chegar ao metrô. O mesmo acontece com quem vem da Barra. Afinal, o Rio é tão especial que tem o único metrô do mundo que para em sinal de trânsito.
Mudando de assunto, a outra notícia do dia é que está rolando uma baita queima de estoque no Caju. Pra quem não sabe, é um dos bairros do complexo portuário do Rio, abriga um dos maiores (se não o maior) cemitério do país e um complexo de 13 favelas que serão ocupadas no próximo domingo. Claro que sem disparar um tiro (podem esperar os discursos festivos do governador e do secretário de segurança). Nem prender ninguém.
Porque a turma que manda na boca já deu no pé. E os vapores foram incumbidos de vender tudo o que podem, da maneira que der, pra diminuir o prejuízo. O resultado é que a pedra de crack sai por R$ 0,50 e a maconha, pra quem é local, sai de graça. Isso mesmo, de graça.
Agora, se todo mundo sabe disso, se está publicado nos maiores jornais da cidade, é claro que a polícia sabe, o que nos leva ao óbvio ululante de que ninguém é preso porque ninguém quer prender. E você, surpreso com essa revelação, faz um ‘ohhhhh!’ e depois canta assim: “parabéns pra você, nessa data querida…”