Pode parecer coisa de maluco. Mas gosto muito de coisas antigas – carros, móveis, aviões, acessórios e o que mais. Sempre quis ter em casa uma daquelas geladeiras antigas, tipo Frigidaire, acho lindas.
Não sei, gosto de viajar um tanto sobre o assunto, defendendo que isso tem muito mais a ver com valores do que com a idade e qualquer espécie de saudosismo. Vocês certamente conhecem a frase “já não se faz mais (qualquer coisa) como antigamente”. E não mesmo, claro, é pra frente que se anda e tal e coisa.
Mas gosto da idéia de um mundo bastante mais artesanal e num ritmo mais cadenciado. Por exemplo, quando comparo as imagens das linhas de produção de carros de hoje, com seus robôs, com as de muito tempo atrás, como pessoas cumprindo suas tarefas.
Gosto de pensar e até sentir que aqueles objetos, dos maiores aos menores, tinham e têm alma. Voltando às geladeiras, que me perdoem os modernosos e modernistas, não é possível comparar a diferença de personalidade da velha Frigidaire com as novas e cromadas e impessoais.
Então encontrei o filme abaixo. Mais um de estudantes, criado, animado, dirigido e produzido por Susan Yung, Emily Buchanan e Esther Parobek, no Ringling College or Art and Design.
Runaway fala de um mal entendido, nos dias de hoje, entre uma geladeira dos anos 50 e seu dono. Um filme terno, quase bobo, mas que vale para marcar a chegada do fim de semana, hora de diminuir o ritmo, aproveitar as horas etc etc etc.