Planta que brota lá no solo dos corações
Flor reluzente que enfeita nossos quintais
Coisa da gente
Broto e semente
Que nasce inocente e não morre jamais(Eduardo Medrado e Kleber Rodrigues)
Faz tempo que não passo por aqui, que não escrevo nada. Sei lá, tenho me segurado. Não anda valendo a pena dar opiniões públicas sobre o que é importante de verdade, nesse mundo louco e maniqueísta que brotou na internet. Vamos combinar que outras paixões e amores da minha vida não andam merecendo muita atenção e dedicação, como o Flamengo e a F1. Anda rolando uma certa sensação de fastio. E como minha rotina de velejar tem sido tudo, menos uma rotina… pronto. Tá explicado o abandono.
Mas é bom dar uma olhada no cafofo, ver como ele está… Vai que tem ali uma infiltração, um fio que precisa ser trocado. Além do mais, os últimos meses têm profícuos em novidades. Especialmente as últimas semanas.
Não sei vocês, mas sempre que minha vida virou de cabeça pra baixo, foi de repente. Exceto a última. Como a crônica de uma morte anunciada, a coisa começou a se desenrolar há quase três anos, vejam vocês. Todo mundo sabia o que ia acontecer. E assim foram desmontando minhas vidas pessoal e profissional.
Mas o mundo gira e a Lusitana roda. Ou vocês não sabiam disso?
O problema de trabalho, a falta de, ainda segue. A gente vai tentando contornar, até se reinventar. Mas o horizonte ainda está bem embaçado. Cada vez mais, na verdade. E seguimos tentando criar modas pra voltar a viver em paz.
Os últimos quase oito meses foram bem confusos, na verdade. Alojado e com a vida em caixas. Mas chegou a hora de fazer o negócio acontecer. Não tenho nada o que falar da minha família além de agradecer imensamente. É claro que tem todas as maluquices e defeitos de qualquer família normal. Pai, mãe, avó, irmã… Que turma é essa minha…
Na verdade, eu até poderia ter começado o post com a letra de A Casa, do Vinícius. Ok, minha casa não vai mesmo ter penico e as paredes até estão de pé. E sim, foi e continuará sendo feita com muito esmero, mas desconfio fortemente que o trecho de Semente do Samba cabe muito melhor.
Porque nessa vida louca que levamos, que mais separa do que junta, foi fodástico – em certo momento da noite de sábado – chegar no ouvido da moça (que caiu sem paraquedas no meio do furacão e comprou o barulho) e mostrar pra ela quem eram aquelas pessoas que estavam ali, o amigo mais recente, presente na minha vida há dez anos. Outros tantos há 30 ou até um pouco mais. “Planta que brota lá no solo dos corações, (…) que nasce inocente e não morre jamais”.
Sim, havia ali um casal que conheço há poucos, pouquíssimos meses. Mas aquele ponto fora da curva, que se explica fácil quando dizemos que o santo bateu. E como bateu.
Mas voltemos ao busílis. Apesar dos oito meses de preparação, a mudança se concretizou de chofre e até atabalhoada. E se não bastasse a família tornando o negócio possível, os amigos ainda se juntaram.
Não, o cafofo ainda não está pronto. longe disso, na verdade até bem capenga. Mas as crianças abraçaram a casa nova, entenderam a situação e estão amarradonas. Dos amigos e família, já falei. Então confesso que ando um tanto emotivo nos últimos dias. Muito, pra ser sincero. E é por isso que resolvi passar por aqui para, de certa forma, reviver esse negócio de falar da minha vida num blog.
Ou seja, tudo isso é pra dizer obrigado. A todos e por tudo.
Vai dar certo, é claro. Porque o mais importante é que as sementes que joguei pelo caminho que percorri até agora germinaram e cresceram. Fortes. Frondosas.
P.S.: gente do céu, ando tão ausente e desacostumado de escrever que, agora que reli, é que vi que o texto ficou todo truncado. Vou consertar não, o que importa é o espírito da coisa, mas peço desculpas.