Ia esperar o lançamento da Marussia Virgin (eita nome feio) para fazer apenas um post sobre fórmula 1. Mas recebi e-mails e até alguns telefonemas de amigo para falar sobre o acidente do Kubica.
Bom, pra quem não sabe, o piloto polonês estava participando de um rali na Itália e, logo na primeira especial, perdeu o controle do seu Skoda Fabia e bateu muito forte. Arrebentou todo o lado direito, perna e – principalmente – braço e mão. Múltiplas faturas e, depois de uma cirurgia que durou sete horas, pelo menos por enquanto está afastada a possibilidade de amputação. Mesmo assim, na melhor das hipóteses, sua recuperação levará cerca de um ano.
Kubica é, sem dúvida, um dos melhores pilotos do atual grid da F1 e a conquista de um título era dada como certa, desde que lhe dessem um equipamento à altura. Sem espaço, por hora, nas principais equipes, seria o líder da Lotus Renault e, como faz desde o ano passado, o grande responsável pelo desenvolvimento do time na esperança de brigar por vitórias. Seu companheiro, Petrov, não tem talento nem experiência para esse papel.
Mas além da notícia muito triste, a outra razão de ter recebido tantas mensagens é a possibilidade de Bruno Senna assumir seu lugar na equipe. Afinal, o chefe da equipe, Eric Boullier, disse que o brasileiro seria o terceiro piloto e primeiro substituto em caso de necessidade.
Pois Bruno pode até assumir o cockpit do carro preto e dourado, mas não acredito. Porque uma coisa é fazer alguns treinos e, eventualmente, alinhar para uma ou duas corridas. Outra, é ocupar o posto de primeiro piloto e líder do time. E Senna não tem bagagem para isso.
O primeiro nome que me veio à cabeça foi Nick Heidfeld. Experiente, muito bom piloto, rápido e consistente. E desempregado. Também lembrei de Kimi Raikkonen que, desde que deixou a categoria, não faltam boatos sobre sua volta. Um baita do piloto e campeão do mundo. Contra ele, um certo fastio com a F1 e o ano fora das pistas enquanto corria no mundial de rali. A terceira opção seria Nico Hulkenberg, que foi dispensado da Williams apesar da boa temporada e hoje é terceiro piloto da Force India. É jovem e seria uma aposta, mas menos arriscada que qualquer dos 800 pilotos reserva da própria Renault. A última opção seria a transformação dos próximos testes de pré-temporada em uma espécie de vestibular com Bruno Senna, Romain Grosjean (que fez meia temporada substituindo Nelsinho Piquet e é querido pela cúpula da equipe), Jan Charouz, Ho-Pin Tung e Fairuz Fauzy.
Apesar da comoção por Kubica, estamos cansados de saber que o mundo não para. E é certo que haverá muitos boatos a partir de amanhã e que só irão cessar após o pronunciamento oficial do time. Vamos ver.