Já deu, mas quem assume?

Não sei o que é pior, se manter o Rogério ou cair na cavadinha do Luxemburgo.

A verdade é que o ex-zagueiro não é bom técnico e todo mundo (menos a diretoria do Flamengo, Zico inclusive) já sabe disso. Tem gente que já sabia há muito tempo. Rogério começou a trabalhar com divisões de base e, Deus sabe como, chegou à seleção brasileira. E conseguiu, apesar de ter o melhor time do campeonato, perder o mundial sub-20.

Assumiu o time interinamente, após a demissão de Andrade. Fiz um post no dia 28 de abril, às vésperas da disputa com o Corinthians pela Libertadores, em que falei sobre o risco que corríamos. Se seguíssemos adiante na competição, Rogério seria efetivado. Foi o que aconteceu. E agora estamos aí.

Se o time do Flamengo não é essa Coca-Cola toda, também é verdade que está longe de ser uma tubaína qualquer. Mas para fazê-lo funcionar é preciso ter um técnico (de verdade). Como diz o Jefferson, para gritar ‘vamulá, pô’ na beira do campo, qualquer um serve. Até eu. Se o Rogério tivesse o mínimo de hombridade, a essa altura do campeonato já teria pedido demissão.

Mas temos um problema sério: quem colocar em seu lugar? O único grande nome que pode ser fácil de contratar é o Luxemburgo, que além de todos os desvios de caráter que todo mundo já conhece, já não faz um bom trabalho em lugar nenhum há muito tempo e ainda custa uma fortuna. E, em crise no Atlético, já começou a cavar seu lugar dizendo que seria um sonho trabalhar com o Zico. Deus nos livre…

Então, a solução seria apostar em alguém mais barato, que realmente goste de trabalhar e não tenha medo da pressão. Quem? O Arthur Muhlenberg, do Urublog, deu três sugestões. O primeiro é o Jorginho que no ano passado treinou o Palmeiras até a chegada de Muricy. É verdade que fez um bom trabalho por lá, devidamente destruído pelo atual técnico do Flu, mas como saber se funcionaria aqui, no Rio, no Fla? Seria mesmo uma aposta. Hoje está na Ponte e provavelmente não seria difícil trazê-lo.

A segunda opção apresentada pelo blogueiro flamengo é Adílio. Cria da casa, geração de ouro do Fla e tetracampeão de juniores como técnico do Flamengo. Cheiro bom? Claro, na pior das hipóteses, boas energias e um amante do bom futebol. Meu receio – e de outros amigos com quem conversei, como o Mauricio – é que as divisões de base do Flamengo não revelaram ninguém que tenha dado certo de verdade no profissional e ainda aconteceram vários problemas disciplinares e, naturalmente, me vem à cabeça o relacionamento frouxo entre Andrade e Adriano e Love etc etc etc.

Para Arthur, o melhor nome seria, então, Dé, o Aranha. É verdade que o ex-jogador de Vasco e Botafogo fez bons trabalhos em vários times menores, mas também é verdade que já entrou em algumas polêmicas, todas desnecessárias. Mas é fato que entende de bola. Além disso, o argumento mais forte do blogueiro é o seguinte: “E a sua principal qualidade, entre muitas, Dé nunca teve nada a ver com o Flamengo. Não tem brodagem, não conhece as idiossincrasias da Gávea, os jeitinhos, as acochambradas e as influências maléficas dos muitos fidalgos gaveanos que nos fodem a existência há quase 115 anos. Tá bom ou quer mais?”

Sei não, tenho realmente muitas dúvidas. Ricardo Gomes, que já não deu certo na Gávea, também está no mercado. E isso também é preocupante. Enfim, precisamos nos livrar de Rogério o mais rápido possível, mas quem colocar em seu lugar? Eu, sinceramente, não sei. Tem alguma idéia aí?

4 comentários em “Já deu, mas quem assume?

  1. Sei lá, de repente podia apostar em um cara mais novo, sem vícios,(mas onde se formam técnicos de futebol?) ou até trazer alguém de outro país para dar uma quebrada no clima. Ex-jogador da casa, só se não amolecer com chinelinho.

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  2. Obrigado por me citar no blog. Como já disse, desses aí, prefiro o Jorginho. Vale ressaltar que, a Ponte Preta faz a melhor campanha pós Copa na Segundona.

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