2024

Levando em conta os anos em que fiquei sem escrever aqui ou em qualquer lugar, dei-me o direito de fazer textão. E, como vocês sabem, papo de “ho-ho-ho” já era faz uma semana. Hoje é dia de “kkk”, “uhuuuu”, “tim-tim” e tudo o mais que pede uma boa festa.

É, festa, vocês sabem como é. Afinal, sobrevivemos de novo. Já pensaram sobre como a expressão “sobrevivemos a mais um ano” ganhou outro significado, outro peso (toneladas pra muita gente) desde 2020?

Hoje também é dia de muita gente olhar pra dentro de si e ficar pensativo. Ou fugir disso e se encontrar um tanto macambúzio (adoro essa palavra). Ciclos. “Ah, mas é só um dia no calendário…” É né, hoje é domingo, amanhã é segunda e vai a vida. Mas rituais são coisas boas, sua familiaridade nos dá o conforto que a máquina de moer gente em que a vida se transformou tenta nos roubar todos os dias. E não importa se é a praia no réveillon, o macarrão de domingo na casa da sogra ou os belisquetes com vinho de quinta-feira.

Rituais e ciclos. Também não é importante se o seu calendário pessoal começa em 1 de janeiro, na quarta-feira de cinzas ou em 29 de abril. Vale é dar aquela parada e – sem fugir – olhar pra dentro, quem sabe pegar caneta e papel, fazer a SWOT e rodar o PDCA da própria vida (sim, isso parece papo de coach de Linkedin, eu sei). Tô falando sério gente, não fui abduzido não.

Enfim, já faz uns cinco, seis anos, que #somostodoscomunistas (os bons, os bons!). E se chegou até aqui, eu te peço uma coisa em 2024: tenha “consciência de classe”. Olhe para o lado com amor e serenidade. Tente baixar a bola, diminuir o ritmo, falar mais baixo (eu sei como é difícil). Vamos lembrar que temos dois olhos, dois ouvidos e uma boca. E, assim, ouvir mais, olhar pro outro e ler com mais calma, e falar menos. Escutar ao invés de responder, reagir. E não, não estou falando só da sua casa, família. Tá todo mundo cansado de saber que amar o próximo, cuidar do próximo, não tem nada a ver com religião. É só ser humano.

Feliz Ano Novo!

Comente