Alguns amigos andam perguntando porque, depois de algumas semanas insistindo no tema eleições, já faz vários dias que não toco no tema. A resposta é simples: pra tudo tem limite. Principalmente para ser chato. Mais uma pesquisa divulgada e a vitória da moça da situação ainda no primeiro turno é cada vez mais fácil de prever. Como eu já deixei claro o que penso, resolvi deixar pra lá, no melhor estilo Marta Suplicy: ‘se a phoda é inevitável, relaxa e goza’ (desculpem a grosseria).
Não tenho como saber onde moram todos os meus leitores, aquela meia dúzia de três ou quatro que passam por aqui com alguma freqüência. Mas conheço bem a minha cidade e a média da turma que a habita. E não importa se – além de nosso sistema de educação absolutamente insuficiente – por maus hábitos arraigados ou por decisão de ser o mais ixperto, o que se vê por aqui é turma jogando lixo no chão, não limpando o coco do seu cachorro, avançando sinais fechados de noite para não ser assaltado e de dia para chegar mais rápido, fechando cruzamentos etc etc etc.
Talvez essas coisas pareçam pequenas, mas se juntar tudo isso… E no final das contas, o povo de um lugar que sempre se vangloriou de ser de vanguarda, manteve a família Garotinho quantos anos no poder?
Não estou muito por dentro do que anda acontecendo em outras cidades e estados, mas cito dois exemplos: em Minas, o candidato ao governo Hélio Costa, um ex-jornalista, processa blogueiros numa luta clara contra a liberdade de expressão; em Brasília, Joaquim Roriz, um sujeito que tem biografia conhecida e sua candidatura impugnada, ainda lidera pesquisa.
Então, ao multiplicar comportamentos como esses por todo o território nacional, como é que se pode esperar a compreensão do mal que está sendo feito ao Brasil pelo governo atual e que promete se transformar numa absurda dinastia?
E é por isso que resolvi voltar a gastar meu tempo com coisas que são agradáveis para mim, como futebol em geral e Flamengo em particular, F1, Comunicação, boas e não tão boas do meu bairro e da minha cidade e qualquer outra coisa que chame a minha atenção, como músicas, vídeos, livros etc etc etc.
Sobre a eleição, só me resta dizer sinto muito e lembrar a todos que, para algumas das coisas mais importantes, não se pode fazer Ctrl + Z.
Gustavo, o pior é que esta sensação de impotência vem de longa data, mesmo que em algumas ocasiões tenhamos tido esperança. Dá uma olhada nisso aqui:
http://cariocadorio.wordpress.com/2010/09/04/de-passagem-1989/
Mas ainda acho que o caminho é este. Temos que votar e tentar chegar ao que acharemos digno um dia. Pode demorar muito mais do nossas existências mas é o caminho.
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Brilhante, Giorgio. É exatamente isso!
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É uma questão de empatia. Os políticos com mandato são a síntese do caráter, da cultura e do discernimento do povo que os elegeu. O Brasil não tem o governo que merece, tem o governo que pode alcançar.
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Meu caro, esse aforismo também já está meio gasto, mas “para que o mal triunfe basta que os bons cruzem os braços”. Não vamos sucumbir. Viva o 1%!
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Se o resultado da eleição se confirmar, o ideal seria um CTRL+ALT+DEL.
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