E assim, com tudo ao nosso redor se tornando algo muito importante, corporativo, com discurso politicamente correto, atitudes sustentáveis etc etc etc etc, o mundo vai mesmo perdendo boa parte da sua graça.
Sou do tempo em que máscaras de carnaval eram uma espécie de coroação do sujeito homenageado. Para o bem e o mal. Geralmente, as referências são a políticos. Que o digam Lula, Brizola, Sarney e Collor. Um dos hits deste carnaval será, com absoluta certeza, Joaquim Barbosa. E os condenados do mensalão também devem brilhar nos blocos de todo o país.
Isso quer dizer que se o sujeito não é político, não está metido em grandes escândalos ou soluções nacionais, e mesmo assim vira máscara de carnaval…
É o caso do Neymar. Garoto adorado no país do futebol, bom menino, divertido, simpático, com cabelos estranhos e craque mais do que reconhecido, certamente seria um dos sucessos do reinado de Momo em 2013.
Mas uma notícia que saiu hoje dá conta de que o ‘estafe’ do moleque está acionando uma fábrica de São Gonçalo que fez as máscaras sem autorização prévia. Ok, não estão errados do ponto de vista da lei e dos negócios, claro que não. Mas fico pensando se, para o homenageado, não seria a hora de fazer vista grossa. Se algo assim não resultaria exatamente em mais simpatia, algo que a turma do marketing rapidamente converteria em grana – muito mais do que eventuais royalties sobre as tais máscaras.
Sinceramente não sei o que pensar. Alguém aí tem alguma idéia?