O candidato dito da oposição renega o governo de seu partido oito anos antes e se parece mais com a situação do que nunca. A candidata da situação é figura polêmica, imprevisível talvez, mas está pasteurizada a um ponto que tudo leva a crer que o Brasil experimentará um continuísmo maquiado. E, neste ponto, não fosse a tradicional forca do clientelismo, do voto de cabresto e dos votos para beneficiar grupelhos que se apoderam de partes do Poder Público para enriquecer, coisa totalemente normal no Brasil, me arriscaria a dizer que seria uma eleicão fértil para abstencões e votos em branco.
Luiz Octavio Bernardes
With a little help from my friends
Ainda não consegui definir se feliz ou infelizmente. Luiz é um cronista quase bissexto. Excelente, por sinal, mesmo quando não se concorda com ele. Porque constrói argumentos sólidos e bem fundamentados.
Ainda acho que sua Ave Maria é, das coisas que escreveu, a melhor. Mas é fato que ele está bem próximo de se superar, o que não é pouca coisa. Como com o texto, de onde copiei o trecho acima, em que junta a História de Fukuyama, a estupidez do 11 de setembro, a lucidez de José Saramago e o continuísmo provável de Dilma Roussef.